PROJETO
SEMEAR HISTÓRIAS
COLHER SABERES
Justificativa
Partindo do ponto de vista cultural, é evidente que muitas das raízes históricas do Brasil estão alicerçadas no modo de vida do campo. Basta lembrar que grande parte das histórias infantis e brincadeiras que animavam e animam as crianças até os dias atuais têm como origem elementos da vida do campo, pois quando surgiram às histórias elas eram contadas oralmente.Como educadora do campo, preciso cada vez mais, comprometer-me com a formação humana dos meus alunos em todas as dimensões. Assim, a literatura tem um lugar especial dentro e fora da minha sala de aula. Trabalho com o 1º e 2º ano, na Escola Reunida Municipal Judite Bernardina Aguiar, no bairro Medeiros, município de Barra Velha, Santa Catarina. A literatura foi o ponto de partida para despertar o encantamento, a magia, para vislumbrar o desconhecido que se desvela em cada encontro com as palavras. Isso promoveu o envolvimento meu, enquanto educadora, das crianças, dos outros educadores da escola e da comunidade.Este projeto procura instigar e provocar, pois é através da literatura que se fez a parceria escola-comunidade-alunos no sentido de resgatar os saberes produzidos neste espaço (do campo) e de transformá-los em objetos de estudo no âmbito escolar. Ainda é pertinente ressaltar a objetivação da literatura como um meio para subsidiar os processos apreciação e de criação.Este projeto está organizado de forma a integrá-los diferentes saberes, numa perspectivaInterdisciplinar. Trabalhamos em busca de promover o aprendizado das crianças do campo e o projeto propicia o despertar de seus interesses e de curiosidades em relação à sua realidade cotidiana e aos distintos campos do saber. Pois acreditamos que a interdisciplinaridade possibilita que conteúdos que sejam dados de forma convencional possam ser ensinados de maneira articulada, dando sentido ao estudo e resultando em conhecimento significativo. Assim, fica evidente que foi nesse cenário interativo que a ação interdisciplinar ganhou espaço, pois possibilitou diferentes estratégias de planejamento que favoreceram a integração de saberes à aprendizagem das crianças.Quando uma criança se torna leitora, ela percorre por muitos caminhos, favorecendo a alfabetização, o letramento e a construção de novos saberes.Nessas atividades que serão relatadas, o ato de ler e ouvir histórias encanta as crianças, porque percorre pelo sentimento de cada leitor, invadindo universos repletos de significação. E ler deve ser algo que suscita o imaginário, desperta emoções e possibilita a fruição. Ler tem que ser algo desejado, pois a leitura abre horizontes, onde podemos encontrar os seres mais incríveis. Entendo a criança como alguém capaz de resguardar seu mundo de fantasia e é preciso que ela acredite que a leitura é a janela que se abre para conhecer os infinitos mundos, dentro e fora de nós mesmos. É a possibilidade de ouvir, sentir e ver, usar a imaginação; é viajar sem sair do lugar, conhecer outros mundos, outras culturas, outros costumes, sentir-se o personagem da história e poder sonhar.As atividades de leitura inseridas no cotidiano da turma trazem em si a contribuição no sentido de se construir uma comunidade de leitores mais humanos e sensíveis. Partimos para essa descoberta e ganhamos asas para voar, pois no mundo do “faz-de-conta”, tudo é possível: voar amarrada em um balão costurado por um amigo, fazer chover colorido, viajar na savana na garupa de um elefante em busca de uma chuva de flores ou até mesmo ter uma casa onde os poemas estão escritos em todas as paredes.Neste projeto, pode-se afirmar que o encontro da literatura com a realidade apresentada pode gerar frutos e, mais ainda, novas sementes, novos leitores.
Objetivos de Língua Portuguesa
Objetivos de Matemática
Objetivos de Ciências
Objetivos de História
Objetivos de Geografia
Objetivos de Artes
Conteúdos Curriculares
Língua Portuguesa (Leitura, escrita, oralidade, interpretação, produção textual, gêneros textuais, música, dramatizações, performance); Matemática (Formas geométricas, adição, subtração, medidas de massa, resolução de problemas envolvendo adição e subtração).
Metodologia
Para iniciar fomos ao campo de futebol próximo a escola, neste local há um gramado muito grande, com muitas árvores.Então fizemos um círculo e apresentei o livro “Entre Nuvens”, de André Neves e comecei a leitura. Após a leitura, questionei as crianças sobre o que entendiam da palavra sonho? Conversamos sobre os nossos sonhos, depois convidei as crianças para deitarmos no gramado para observarmos as nuvens, ficamos extasiados com tamanha beleza! As crianças falavam...Lá em cima alguma coisa existe ...Deuses, fadas, anjos... ou até gente de verdade...Em sala, os alunos fizeram uma ilustração do que imaginaram observando as nuvens. Posteriormente fizemos uma obra de arte, as crianças trabalharam textura com esponja e tinta guache no papel branco, retratando as nuvens. Fiz a menina com pintura no papel Paraná e tinta de tecido. No painel com a textura colamos as ilustrações que retratavam os sonhos das crianças.
Em outro momento trouxe de casa uma escada de madeira, bem antiga que foi meu pai que fez quando ainda era jovem, hoje ele tem 87 anos. Expliquei que é um objeto histórico da minha família, um objeto que retrata o trabalho da minha família aqui no campo.Várias crianças também relataram alguns objetos antigos que tinham em casa. Então nós lixamos a escada, confeccionamos alguns pássaros de papel e tecido e colamos na escada. Representando assim, a escada da menina da história lida. Essa escada será colocada no livro gigante que se tornou a nossa sala de aula.Trabalhamos junto com a professora de Artes, a professora Rita, a confecção dos balões, colagem com tecido e jornal no pote descartável. Compramos a armação dos balões de arame e fizemos colagem com tecido, fazendo a releitura do balão representado na história, os balões foram pendurados em nossa sala de aula. Fizemos uma oficina das nuvens, colagem com fibra no isopor, as nuvens também foram penduradas em nossa sala.
Em diversos momentos, o livro “ENTRE NUVENS", foi para as casas dos alunos, cada dia um aluno levava o livro para ler com a família. Trabalhamos uma oficina chamada gotinhas de chuva, dobradura em 3D, e colagem com tecidos, penduramos as gotinhas nas nuvens com fio de náilon no forro da sala.
Sistematizando as disciplinas, trabalhamos com Ciências, através de pesquisa de como se formam as nuvens, os tipos de nuvens e o ciclo da água. Em Artes confeccionamos a cidade apresentada no livro. Com a professora de Artes, desenhamos os personagens e a cidade com papel Paraná e pintamos com tinta de tecido. A cidade foi exposta em nossa sala de aula, de forma que ao entrar na sala, dava a impressão que estávamos dentro do livro. Na Matemática, durante a montagem da cidade nós retomamos o conteúdo, as formas geométricas.
Em outro momento trabalhamos a escrita nas paredes da sala de aula, as escritas na parede eram citações do autor e ilustrados André Neves. Nós pesquisamos muito sobre sua biografia, assistimos também alguns vídeos com entrevistas do autor, apresentei para as crianças muitas fotos de uma exposição que fui a Ribeirão Preto, Tirando de Letras, André Neves em caminhos. “Por aqui ou por ali ou acolá. Quando uma ideia surge na cabeça dele, é impossível segurar! Ela segue e vira logo um desenho, uma pintura, uma escultura, uma traquitana, um gesto, uma frase, um texto...um livro!”(André Neves).
Entretanto, as crianças já conheciam o autor, ele já esteve aqui em outro momento, no ano anterior, em uma festa do livro que fizemos em nossa escola. Foi a partir dessa visita que nos apaixonamos ainda mais por seus livros e pela pessoa incrível que ele é.
As crianças levaram diversos livros do autor para casa, cada criança escolheu o livro que desejava levar para ler com família, no outro dia eu pedia que eles escrevessem sobre o livro que leram em casa. Eles escreveram o texto em um rascunho, eu fiz a correção com cada aluno individualmente, pois neste momento pude fazer as intervenções necessárias e avaliar os avanços esperados em relação as suas produções textuais, depois eles passaram a limpo e ilustraram. Fiquei surpresa com a escrita e com as ilustrações das crianças, algumas me relataram: “ Olha professora utilizei muitos traços do autor em minha ilustração!” Achei isso fantástico! Na escrita, os avanços foram ainda mais surpreendentes, porque ensinar a produzir texto é mais que ensinar a escrever.
Em diferentes momentos e diferentes espaços fui mediadora da leitura, fizemos a roda da leitura fruitiva onde cada aluno escolheu o livro que desejava ler. Lemos embaixo das árvores, onde penduramos os livros nos galhos com fios de náilon, embaixo da árvore também estavam as colchas de retalhos e muitas almofadas. Lemos na sala de aula com as colchas de retalhos e almofadas, no parque, na escada da escola e na praia, essa leitura na praia foi muito fantástica porque imagine poder ler a beira mar? Com aquela paisagem linda! Escolhemos o lugar que também tinha uma árvore, onde penduramos os livros.
As pessoas que passavam paravam para ler também, e os carros ficavam parados, observando as crianças! Depois ainda ali na areia da praia dizemos uma brincadeira africana que aprendemos em nossas pesquisas. Foi incrível!
Em outro momento, em sala de aula na roda da leitura eu li para as crianças o livro “A caligrafia de dona Sofia", de André Neves. Depois selecionai alguns poemas do livro e cada aluno escolheu o seu, então cada aluno leu o poema que escolheu no microfone para a turma.
Fizemos uma roda da leitura com a colcha de retalhos e as almofadas em nossa sala de aula. Leitura com o livro "OBAX", de André Neves, depois as crianças socializaram para a turma com quais personagens do livro se identificaram. Obax e Nafisa, personagens principais, foram confeccionados pelos alunos no ano anterior, o elefante Nafisa, feito com tecido cheio de fibra, a menina Obax também feito com tecido e cheia com fibra. Nas disciplinas de História e Geografia tivemos uma roda da conversa sobre o livro, expliquei que esta história se passa na África. Mostrei para as crianças através do Globo terrestre o Continente Africano e o Brasil, trabalhamos a localização, entreguei o mapa do continente para colorirem, exploramos a leitura dos nomes dos países africanos. Expliquei que o continente é dividido em mais de 55 países. Entre as atualidades, destaquei a Síria, onde estava acontecendo à guerra, falei sobre o sofrimento dos refugiados que estão tentando fugir do país. Nesse momento as crianças relataram muitos fatos que assistiram na televisão. Pesquisamos no Google o significado das palavras africanas: Obax, Nafisa e Baobá.
Também aprendemos muito sobre a árvore Baobá, assistimos um documentário realizado pela atriz Regina Casé, “Um Pé de Quê?”, as crianças ficaram muito surpresas com o significado desta árvore na cultura africana. Em outro momento solicitei as crianças que listassem 10 países do Continente Africano. Exploramos os países do continente africano que falam a nossa língua,exploramos os países no Globo Terrestre. Também assistimos um documentário do Globo Repórter sobre a vida na África. Na disciplina de Ciências conhecemos os animais de origem africana, trabalhamos com pesquisa no laboratório de informática, as crianças escolheram um animal que iríamos fazer a ficha com todos os dados e preencheram com as informações pesquisadas. Aproveitei a ficha do animal pesquisado para entrar no conteúdo de Matemática, medidas de massa, o peso dos animais pesquisados. Trabalhamos o comprimento do pescoço da girafa, listamos os alimentos que são vendidos em quilo, pesquisamos os instrumentos que utilizamos para pesar, apresentei aos alunos a balança, então nos pesamos e registramos no caderno e trabalhamos também com a resolução de problemas relacionados ao peso das crianças.
Após esta oficina, as pessoas foram convidadas para a contação da história do livro Obax, também do autor e ilustrador André Neves. Essa apresentação foi realizada no pátio da escola. Iniciamos a história com a música "ORO MIMÁ", resgatando um pouquinho da cultura afro-brasileira...Essa canção foi muito ensaiada com as crianças em sala, utilizamos muitos instrumentos musicais, o atabaque, o pandeiro e o berimbau. Enquanto cantávamos entramos no palco formando um grande círculo. Então eu e a professora Rosemir, que é a gestora desta escola começamos a leitura do livro. O André Neves estava na platéia! Durante a leitura do livro era visível o encantamento das crianças, dos pais e principalmente do autor, que estava vendo uma de suas criações sendo apresentado com tanta criação e fantasia! Para finalizar a história fizemos uma roda de capoeira, tivemos a participação do professor de capoeira, o professor Fabio e sua equipe. Também estava junto no atabaque o professor de música, professor Rodrigo. A música da roda foi animada por nós todos, professores e alunos que estavam na roda, e os nossos alunos do 4º e 5º ano que jogaram capoeira. As cantigas que foram usadas na roda foram todas trabalhadas em sala, com a participação do professor de capoeira,o professor Fábio e a professora de Educação Física, a professora Flávia, eles trabalharam toda a história/ afro-brasileira, os instrumentos e movimentos.
Tenho certeza que através deste projeto nós educadores, pais, alunos e comunidade mudamos o nosso olhar em relação à leitura, sabemos que a leitura é muito mais ampla do que o livro, que o imaginário pode ser maior que o livro, esses subsídios que aprendemos com o projeto, ampliou o nosso olhar, não só para a leitura literária, mas para a leitura de vida” que é aprender a ler livros, aprender a ler imagens, aprender a ler músicas, aprender a ler arte, aprender a ler o ser humano e respeitar as pessoas”, André Neves.
Avaliação
O projeto desafiou as crianças e instigou-os a necessidade de perceber e buscar outras leituras, de apoderar-se de bens culturais ainda guardados pela escrita. A inserção do projeto literário no campo mudou a rotina das crianças da escola, trouxe para as atividades escolares, e para o espaço da sala de aula, tantas vezes considerado tedioso, a ludicidade, a pesquisa, a vivência, a interatividade tão desejada pelas crianças, isso aguçou o processo de aprendizagem de leitura.
Posso concluir que não existe receita para que aconteça uma mudança significativa no universo escolar, mas é certo que o primeiro passo já foi dado. Essas crianças que tiveram a oportunidade de vivenciar essas atividades se apropriaram da fantasia, de algo que fez-las entrarem em contato com seus universos pessoais, perceberem a si mesmos. O contato com a literatura, a convivência com a música, redimensionou a realidade e estimulou as crianças no sentido de propor novas possibilidades de olhar para si e para o outro, pois a literatura também é compartilhamento.
O trabalho interdisciplinar, o diálogo e os saberes romperam fronteiras e promoveram uma aprendizagem significativa, despertando a curiosidade nos diferentes campos do conhecimento. Um dos pontos positivos nesse trabalho foi que conseguimos articular o Projeto “Semear histórias”, com as diversas disciplinas. Essa articulação demonstra que houve uma progressão escolar em torno de práticas interdisciplinares, que a escola não se fecha no contexto apenas do letramento, focalizada na área de Língua Portuguesa, mas o letramento se interliga com práticas das áreas de Ciências Humanas, História, Geografia. Matemática, Artes e Educação física.
Autoavaliação
As crianças iniciaram-se como leitores e escritores, numa relação efetiva com a linguagem. As professoras que trabalham comigo inseriram-se num processo conscientizador referente à literatura, condição fundamental para exercer a tarefa de formar leitores. As práticas interdisciplinares apresentaram-se, ainda na conjuntura de escola que hoje temos, como um caminho valioso para que a alfabetização e o letramento possam ser concretizados.
Como se observou nos relatos expostos , o trabalho por meio de projeto criou a possibilidade de atividades que puderam ser integradas e desenvolvidas, na escola, pela perspectiva da interdisciplinaridade, apresentando-se como um caminho promissor no processo de alfabetização e do letramento. Desse modo, esse projeto rompeu-se com as práticas cristalizadas que ainda perpassam os contextos de alfabetização, como também proporcionou um diálogo entre as diversas áreas de conhecimento que devem ser mobilizadas durante a etapa de alfabetização, para contribuir não apenas com a alfabetização, mas também para a formação social dos leitores, pois a escola deve ser um ambiente onde há inúmeras razões para ler e escrever, porque ler é alimentar-se de vivências!
Partindo do ponto de vista cultural, é evidente que muitas das raízes históricas do Brasil estão alicerçadas no modo de vida do campo. Basta lembrar que grande parte das histórias infantis e brincadeiras que animavam e animam as crianças até os dias atuais têm como origem elementos da vida do campo, pois quando surgiram às histórias elas eram contadas oralmente.Como educadora do campo, preciso cada vez mais, comprometer-me com a formação humana dos meus alunos em todas as dimensões. Assim, a literatura tem um lugar especial dentro e fora da minha sala de aula. Trabalho com o 1º e 2º ano, na Escola Reunida Municipal Judite Bernardina Aguiar, no bairro Medeiros, município de Barra Velha, Santa Catarina. A literatura foi o ponto de partida para despertar o encantamento, a magia, para vislumbrar o desconhecido que se desvela em cada encontro com as palavras. Isso promoveu o envolvimento meu, enquanto educadora, das crianças, dos outros educadores da escola e da comunidade.Este projeto procura instigar e provocar, pois é através da literatura que se fez a parceria escola-comunidade-alunos no sentido de resgatar os saberes produzidos neste espaço (do campo) e de transformá-los em objetos de estudo no âmbito escolar. Ainda é pertinente ressaltar a objetivação da literatura como um meio para subsidiar os processos apreciação e de criação.Este projeto está organizado de forma a integrá-los diferentes saberes, numa perspectivaInterdisciplinar. Trabalhamos em busca de promover o aprendizado das crianças do campo e o projeto propicia o despertar de seus interesses e de curiosidades em relação à sua realidade cotidiana e aos distintos campos do saber. Pois acreditamos que a interdisciplinaridade possibilita que conteúdos que sejam dados de forma convencional possam ser ensinados de maneira articulada, dando sentido ao estudo e resultando em conhecimento significativo. Assim, fica evidente que foi nesse cenário interativo que a ação interdisciplinar ganhou espaço, pois possibilitou diferentes estratégias de planejamento que favoreceram a integração de saberes à aprendizagem das crianças.Quando uma criança se torna leitora, ela percorre por muitos caminhos, favorecendo a alfabetização, o letramento e a construção de novos saberes.Nessas atividades que serão relatadas, o ato de ler e ouvir histórias encanta as crianças, porque percorre pelo sentimento de cada leitor, invadindo universos repletos de significação. E ler deve ser algo que suscita o imaginário, desperta emoções e possibilita a fruição. Ler tem que ser algo desejado, pois a leitura abre horizontes, onde podemos encontrar os seres mais incríveis. Entendo a criança como alguém capaz de resguardar seu mundo de fantasia e é preciso que ela acredite que a leitura é a janela que se abre para conhecer os infinitos mundos, dentro e fora de nós mesmos. É a possibilidade de ouvir, sentir e ver, usar a imaginação; é viajar sem sair do lugar, conhecer outros mundos, outras culturas, outros costumes, sentir-se o personagem da história e poder sonhar.As atividades de leitura inseridas no cotidiano da turma trazem em si a contribuição no sentido de se construir uma comunidade de leitores mais humanos e sensíveis. Partimos para essa descoberta e ganhamos asas para voar, pois no mundo do “faz-de-conta”, tudo é possível: voar amarrada em um balão costurado por um amigo, fazer chover colorido, viajar na savana na garupa de um elefante em busca de uma chuva de flores ou até mesmo ter uma casa onde os poemas estão escritos em todas as paredes.Neste projeto, pode-se afirmar que o encontro da literatura com a realidade apresentada pode gerar frutos e, mais ainda, novas sementes, novos leitores.
Objetivos de Língua Portuguesa
- Reconhecer que a leitura suscita o imaginário,
- Desperta emoções e possibilita a construção de novos saberes;
- Possibilitar aos alunos práticas de leituras que influenciem no processo de desenvolvimento individual, tanto na escola como também, ultrapassando os muros da mesma;
- Apreciar textos literários compreendendo o livro como um objeto estético, produtor de prazer e reconhecendo-o como fonte de múltiplas informações e entretenimento;
- Ampliar o repertório de histórias e participar de situações que envolvam diferentes práticas de leitura (roda da leitura fruitiva em diferentes espaços, ouvir histórias lidas pela professora, leitura em casa com a família, " Noite Literária com pais, alunos e comunidade”); Promover encontro com o autor e ilustrador André Neves das obras Entre Nuvens, Obax, A caligrafia de dona Sofia, Tom,Um pé de vento,Mel da boca,Lino, Margarida, Casulos, Malvina, Brinquedos,... para que os alunos vivenciem a vida dos escritores, para que possam interagir com os mesmos;
- Propiciar interações com os professores da escola em diferentes situações de leitura que envolva a música e os instrumentos musicais;
- Completar cruzadinhas e caça palavras;
- Produção coletiva e individual de textos, observando a unidade temática, a seqüência lógica e a clareza das ideias;
Objetivos de Matemática
- Reconhecer as formas geométricas;
- Interpretar e resolver situações-problema, compreendendo significados da adição e subtração;
- Construir fatos básicos da adição a partir de situações-problema para a constituição de um repertório a ser utilizado no cálculo;
Objetivos de Ciências
- Reconhecer os animais de origem africana;
- Conhecer o habitat dos animais africanos e suas características;
- Comparar animais relacionando semelhanças e diferenças;
- Conhecer os biomas do continente africano, comparar com os nossos aqui do Brasil.
Objetivos de História
- Conhecer e respeitar a diversidade cultural do homem do campo;
- Respeitar e valorizar a nossa cultura do campo;
- Refletir sobre as histórias dos povos africanos para entender o seu legado na formação da cultura brasileira (livro 1- histórias da África);
- Estabelecer relação entre a ancestralidade africana e outras ancestralidades, de modo a compreender a cultura como expressão da identidade de um povo.
Objetivos de Geografia
- Ser capaz de se localizar o Continente Africano e o Brasil no Globo Terrestre;
- Ser capaz de localizar os países do Continente Africano que falam a nossa língua;
- Reconhecer semelhanças e diferenças nos diferentes tipos de moradias existentes nos países africanos;
- Respeitar e valorizar a diversidade cultural, bem como as ideias contrárias as suas;
- Reconhecer as relações entre as pessoas e o lugar: as condições de vida, as histórias, as relações afetivas e de identificação com o lugar onde vivemos, o campo;
Objetivos de Artes
- Propor uma ação educativa integrada, em que as diferentes linguagens e formas de expressão artística possibilitem a formação de crianças mais críticas tanto na estética quanto culturalmente, além de oportunizar experiências que desenvolvam a criatividade e a sensibilidade através do olhar artístico;
- Proporcionar a oportunidade de vivenciar um encontro ativo com as obras de arte e artistas;
- Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados em arte; Contribuir para a formação estética dos educandos.
Conteúdos Curriculares
Língua Portuguesa (Leitura, escrita, oralidade, interpretação, produção textual, gêneros textuais, música, dramatizações, performance); Matemática (Formas geométricas, adição, subtração, medidas de massa, resolução de problemas envolvendo adição e subtração).
Metodologia
Para iniciar fomos ao campo de futebol próximo a escola, neste local há um gramado muito grande, com muitas árvores.Então fizemos um círculo e apresentei o livro “Entre Nuvens”, de André Neves e comecei a leitura. Após a leitura, questionei as crianças sobre o que entendiam da palavra sonho? Conversamos sobre os nossos sonhos, depois convidei as crianças para deitarmos no gramado para observarmos as nuvens, ficamos extasiados com tamanha beleza! As crianças falavam...Lá em cima alguma coisa existe ...Deuses, fadas, anjos... ou até gente de verdade...Em sala, os alunos fizeram uma ilustração do que imaginaram observando as nuvens. Posteriormente fizemos uma obra de arte, as crianças trabalharam textura com esponja e tinta guache no papel branco, retratando as nuvens. Fiz a menina com pintura no papel Paraná e tinta de tecido. No painel com a textura colamos as ilustrações que retratavam os sonhos das crianças.
Em outro momento trouxe de casa uma escada de madeira, bem antiga que foi meu pai que fez quando ainda era jovem, hoje ele tem 87 anos. Expliquei que é um objeto histórico da minha família, um objeto que retrata o trabalho da minha família aqui no campo.Várias crianças também relataram alguns objetos antigos que tinham em casa. Então nós lixamos a escada, confeccionamos alguns pássaros de papel e tecido e colamos na escada. Representando assim, a escada da menina da história lida. Essa escada será colocada no livro gigante que se tornou a nossa sala de aula.Trabalhamos junto com a professora de Artes, a professora Rita, a confecção dos balões, colagem com tecido e jornal no pote descartável. Compramos a armação dos balões de arame e fizemos colagem com tecido, fazendo a releitura do balão representado na história, os balões foram pendurados em nossa sala de aula. Fizemos uma oficina das nuvens, colagem com fibra no isopor, as nuvens também foram penduradas em nossa sala.
Em diversos momentos, o livro “ENTRE NUVENS", foi para as casas dos alunos, cada dia um aluno levava o livro para ler com a família. Trabalhamos uma oficina chamada gotinhas de chuva, dobradura em 3D, e colagem com tecidos, penduramos as gotinhas nas nuvens com fio de náilon no forro da sala.
Sistematizando as disciplinas, trabalhamos com Ciências, através de pesquisa de como se formam as nuvens, os tipos de nuvens e o ciclo da água. Em Artes confeccionamos a cidade apresentada no livro. Com a professora de Artes, desenhamos os personagens e a cidade com papel Paraná e pintamos com tinta de tecido. A cidade foi exposta em nossa sala de aula, de forma que ao entrar na sala, dava a impressão que estávamos dentro do livro. Na Matemática, durante a montagem da cidade nós retomamos o conteúdo, as formas geométricas.
Em outro momento trabalhamos a escrita nas paredes da sala de aula, as escritas na parede eram citações do autor e ilustrados André Neves. Nós pesquisamos muito sobre sua biografia, assistimos também alguns vídeos com entrevistas do autor, apresentei para as crianças muitas fotos de uma exposição que fui a Ribeirão Preto, Tirando de Letras, André Neves em caminhos. “Por aqui ou por ali ou acolá. Quando uma ideia surge na cabeça dele, é impossível segurar! Ela segue e vira logo um desenho, uma pintura, uma escultura, uma traquitana, um gesto, uma frase, um texto...um livro!”(André Neves).
Entretanto, as crianças já conheciam o autor, ele já esteve aqui em outro momento, no ano anterior, em uma festa do livro que fizemos em nossa escola. Foi a partir dessa visita que nos apaixonamos ainda mais por seus livros e pela pessoa incrível que ele é.
As crianças levaram diversos livros do autor para casa, cada criança escolheu o livro que desejava levar para ler com família, no outro dia eu pedia que eles escrevessem sobre o livro que leram em casa. Eles escreveram o texto em um rascunho, eu fiz a correção com cada aluno individualmente, pois neste momento pude fazer as intervenções necessárias e avaliar os avanços esperados em relação as suas produções textuais, depois eles passaram a limpo e ilustraram. Fiquei surpresa com a escrita e com as ilustrações das crianças, algumas me relataram: “ Olha professora utilizei muitos traços do autor em minha ilustração!” Achei isso fantástico! Na escrita, os avanços foram ainda mais surpreendentes, porque ensinar a produzir texto é mais que ensinar a escrever.
Em diferentes momentos e diferentes espaços fui mediadora da leitura, fizemos a roda da leitura fruitiva onde cada aluno escolheu o livro que desejava ler. Lemos embaixo das árvores, onde penduramos os livros nos galhos com fios de náilon, embaixo da árvore também estavam as colchas de retalhos e muitas almofadas. Lemos na sala de aula com as colchas de retalhos e almofadas, no parque, na escada da escola e na praia, essa leitura na praia foi muito fantástica porque imagine poder ler a beira mar? Com aquela paisagem linda! Escolhemos o lugar que também tinha uma árvore, onde penduramos os livros.
As pessoas que passavam paravam para ler também, e os carros ficavam parados, observando as crianças! Depois ainda ali na areia da praia dizemos uma brincadeira africana que aprendemos em nossas pesquisas. Foi incrível!
Em outro momento, em sala de aula na roda da leitura eu li para as crianças o livro “A caligrafia de dona Sofia", de André Neves. Depois selecionai alguns poemas do livro e cada aluno escolheu o seu, então cada aluno leu o poema que escolheu no microfone para a turma.
Fizemos uma roda da leitura com a colcha de retalhos e as almofadas em nossa sala de aula. Leitura com o livro "OBAX", de André Neves, depois as crianças socializaram para a turma com quais personagens do livro se identificaram. Obax e Nafisa, personagens principais, foram confeccionados pelos alunos no ano anterior, o elefante Nafisa, feito com tecido cheio de fibra, a menina Obax também feito com tecido e cheia com fibra. Nas disciplinas de História e Geografia tivemos uma roda da conversa sobre o livro, expliquei que esta história se passa na África. Mostrei para as crianças através do Globo terrestre o Continente Africano e o Brasil, trabalhamos a localização, entreguei o mapa do continente para colorirem, exploramos a leitura dos nomes dos países africanos. Expliquei que o continente é dividido em mais de 55 países. Entre as atualidades, destaquei a Síria, onde estava acontecendo à guerra, falei sobre o sofrimento dos refugiados que estão tentando fugir do país. Nesse momento as crianças relataram muitos fatos que assistiram na televisão. Pesquisamos no Google o significado das palavras africanas: Obax, Nafisa e Baobá.
Também aprendemos muito sobre a árvore Baobá, assistimos um documentário realizado pela atriz Regina Casé, “Um Pé de Quê?”, as crianças ficaram muito surpresas com o significado desta árvore na cultura africana. Em outro momento solicitei as crianças que listassem 10 países do Continente Africano. Exploramos os países do continente africano que falam a nossa língua,exploramos os países no Globo Terrestre. Também assistimos um documentário do Globo Repórter sobre a vida na África. Na disciplina de Ciências conhecemos os animais de origem africana, trabalhamos com pesquisa no laboratório de informática, as crianças escolheram um animal que iríamos fazer a ficha com todos os dados e preencheram com as informações pesquisadas. Aproveitei a ficha do animal pesquisado para entrar no conteúdo de Matemática, medidas de massa, o peso dos animais pesquisados. Trabalhamos o comprimento do pescoço da girafa, listamos os alimentos que são vendidos em quilo, pesquisamos os instrumentos que utilizamos para pesar, apresentei aos alunos a balança, então nos pesamos e registramos no caderno e trabalhamos também com a resolução de problemas relacionados ao peso das crianças.
Após esta oficina, as pessoas foram convidadas para a contação da história do livro Obax, também do autor e ilustrador André Neves. Essa apresentação foi realizada no pátio da escola. Iniciamos a história com a música "ORO MIMÁ", resgatando um pouquinho da cultura afro-brasileira...Essa canção foi muito ensaiada com as crianças em sala, utilizamos muitos instrumentos musicais, o atabaque, o pandeiro e o berimbau. Enquanto cantávamos entramos no palco formando um grande círculo. Então eu e a professora Rosemir, que é a gestora desta escola começamos a leitura do livro. O André Neves estava na platéia! Durante a leitura do livro era visível o encantamento das crianças, dos pais e principalmente do autor, que estava vendo uma de suas criações sendo apresentado com tanta criação e fantasia! Para finalizar a história fizemos uma roda de capoeira, tivemos a participação do professor de capoeira, o professor Fabio e sua equipe. Também estava junto no atabaque o professor de música, professor Rodrigo. A música da roda foi animada por nós todos, professores e alunos que estavam na roda, e os nossos alunos do 4º e 5º ano que jogaram capoeira. As cantigas que foram usadas na roda foram todas trabalhadas em sala, com a participação do professor de capoeira,o professor Fábio e a professora de Educação Física, a professora Flávia, eles trabalharam toda a história/ afro-brasileira, os instrumentos e movimentos.
Tenho certeza que através deste projeto nós educadores, pais, alunos e comunidade mudamos o nosso olhar em relação à leitura, sabemos que a leitura é muito mais ampla do que o livro, que o imaginário pode ser maior que o livro, esses subsídios que aprendemos com o projeto, ampliou o nosso olhar, não só para a leitura literária, mas para a leitura de vida” que é aprender a ler livros, aprender a ler imagens, aprender a ler músicas, aprender a ler arte, aprender a ler o ser humano e respeitar as pessoas”, André Neves.
Avaliação
O projeto desafiou as crianças e instigou-os a necessidade de perceber e buscar outras leituras, de apoderar-se de bens culturais ainda guardados pela escrita. A inserção do projeto literário no campo mudou a rotina das crianças da escola, trouxe para as atividades escolares, e para o espaço da sala de aula, tantas vezes considerado tedioso, a ludicidade, a pesquisa, a vivência, a interatividade tão desejada pelas crianças, isso aguçou o processo de aprendizagem de leitura.
Posso concluir que não existe receita para que aconteça uma mudança significativa no universo escolar, mas é certo que o primeiro passo já foi dado. Essas crianças que tiveram a oportunidade de vivenciar essas atividades se apropriaram da fantasia, de algo que fez-las entrarem em contato com seus universos pessoais, perceberem a si mesmos. O contato com a literatura, a convivência com a música, redimensionou a realidade e estimulou as crianças no sentido de propor novas possibilidades de olhar para si e para o outro, pois a literatura também é compartilhamento.
O trabalho interdisciplinar, o diálogo e os saberes romperam fronteiras e promoveram uma aprendizagem significativa, despertando a curiosidade nos diferentes campos do conhecimento. Um dos pontos positivos nesse trabalho foi que conseguimos articular o Projeto “Semear histórias”, com as diversas disciplinas. Essa articulação demonstra que houve uma progressão escolar em torno de práticas interdisciplinares, que a escola não se fecha no contexto apenas do letramento, focalizada na área de Língua Portuguesa, mas o letramento se interliga com práticas das áreas de Ciências Humanas, História, Geografia. Matemática, Artes e Educação física.
Autoavaliação
As crianças iniciaram-se como leitores e escritores, numa relação efetiva com a linguagem. As professoras que trabalham comigo inseriram-se num processo conscientizador referente à literatura, condição fundamental para exercer a tarefa de formar leitores. As práticas interdisciplinares apresentaram-se, ainda na conjuntura de escola que hoje temos, como um caminho valioso para que a alfabetização e o letramento possam ser concretizados.
Como se observou nos relatos expostos , o trabalho por meio de projeto criou a possibilidade de atividades que puderam ser integradas e desenvolvidas, na escola, pela perspectiva da interdisciplinaridade, apresentando-se como um caminho promissor no processo de alfabetização e do letramento. Desse modo, esse projeto rompeu-se com as práticas cristalizadas que ainda perpassam os contextos de alfabetização, como também proporcionou um diálogo entre as diversas áreas de conhecimento que devem ser mobilizadas durante a etapa de alfabetização, para contribuir não apenas com a alfabetização, mas também para a formação social dos leitores, pois a escola deve ser um ambiente onde há inúmeras razões para ler e escrever, porque ler é alimentar-se de vivências!
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- Em outro momento trouxe de casa uma escada de madeira, bem antiga que foi meu pai que fez quando ainda era jovem, hoje ele tem 87 anos. Expliquei que é um objeto histórico da minha família, um objeto que retrata o trabalho da minha família aqui no campo.Várias crianças também relataram alguns objetos antigos que tinham em casa. Então nós lixamos a escada, confeccionamos alguns pássaros de papel e tecido e colamos na escada. Representando assim, a escada da menina da história lida. Essa escada será colocada no livro gigante que se tornou a nossa sala de aula.
- Trabalhamos junto com a professora de Artes, a professora Rita, a confecção dos balões, colagem com tecido e jornal no pote descartável. Compramos a armação dos balões de arame e fizemos colagem com tecido, fazendo a releitura do balão representado na história, os balões foram pendurados em nossa sala de aula. Fizemos uma oficina das nuvens, colagem com fibra no isopor, as nuvens também foram penduradas em nossa sala.
- Em diversos momentos, o livro “ENTRE NUVENS", foi para as casas dos alunos, cada dia um aluno levava o livro para ler com a família.
- Trabalhamos uma oficina chamada gotinhas de chuva, dobradura em 3D, e colagem com tecidos, penduramos as gotinhas nas nuvens com fio de náilon no forro da sala.
- Sistematizando as disciplinas, trabalhamos com Ciências, através de pesquisa de como se formam as nuvens, os tipos de nuvens e o ciclo da água. Em Artes confeccionamos a cidade apresentada no livro. Com a professora de Artes, desenhamos os personagens e a cidade com papel Paraná e pintamos com tinta de tecido. A cidade foi exposta em nossa sala de aula, de forma que ao entrar na sala, dava a impressão que estávamos dentro do livro. Na Matemática, durante a montagem da cidade nós retomamos o conteúdo, as formas geométricas.
- Em outro momento trabalhamos a escrita nas paredes da sala de aula, as escritas na parede eram citações do autor e ilustrados André Neves. Nós pesquisamos muito sobre sua biografia, assistimos também alguns vídeos com entrevistas do autor, apresentei para as crianças muitas fotos de uma exposição que fui a Ribeirão Preto, Tirando de Letras, André Neves em caminhos. “Por aqui ou por ali ou acolá. Quando uma ideia surge na cabeça dele, é impossível segurar! Ela segue e vira logo um desenho, uma pintura, uma escultura, uma traquitana, um gesto, uma frase, um texto...um livro!”(André Neves).
- Entretanto, as crianças já conheciam o autor, ele já esteve aqui em outro momento, no ano anterior, em uma festa do livro que fizemos em nossa escola. Foi a partir dessa visita que nos apaixonamos ainda mais por seus livros e pela pessoa incrível que ele é.
- As crianças levaram diversos livros do autor para casa, cada criança escolheu o livro que desejava levar para ler com família, no outro dia eu pedia que eles escrevessem sobre o livro que leram em casa, porém deveriam dar um final diferente para a história.
2º ano
1º ano
- Levaram diversos livros do autor para casa, cada criança escolheu o livro que desejava levar para ler com família, no outro dia eu pedia que eles escrevessem sobre o livro que leram em casa. Eles escreveram o texto em um rascunho, eu fiz a correção com cada aluno individualmente, pois neste momento pude fazer as intervenções necessárias e avaliar os avanços esperados em relação as suas produções textuais, depois eles passaram a limpo e ilustraram. Fiquei surpresa com a escrita e com as ilustrações das crianças, algumas me relataram: “ Olha professora utilizei muitos traços do autor em minha ilustração!” Achei isso fantástico! Na escrita, os avanços foram ainda mais surpreendentes, porque ensinar a produzir texto é mais que ensinar a escrever.
- Em diferentes momentos e diferentes espaços fui mediadora da leitura, fizemos a roda da leitura fruitiva onde cada aluno escolheu o livro que desejava ler. Lemos embaixo das árvores, onde penduramos os livros nos galhos com fios de náilon, embaixo da árvore também estavam as colchas de retalhos e muitas almofadas. Lemos na sala de aula com as colchas de retalhos e almofadas, no parque, na escada da escola e na praia, essa leitura na praia foi muito fantástica porque imagine poder ler a beira mar? Com aquela paisagem linda! Escolhemos o lugar que também tinha uma árvore, onde penduramos os livros. As pessoas que passavam paravam para ler também, e os carros ficavam parados, observando as crianças! Depois ainda ali na areia da praia dizemos uma brincadeira africana que aprendemos em nossas pesquisas. Foi incrível!
- Em outro momento, em sala de aula na roda da leitura eu li para as crianças o livro “A caligrafia de dona Sofia", de André Neves. Depois selecionai alguns poemas do livro e cada aluno escolheu o seu, então cada aluno leu o poema que escolheu no microfone para a turma.
- Cada aluno digitou o seu poema, depois fez uma ilustração, eles tinham em suas carteiras muitos livros do autor para visualizar e pesquisar os traços do mesmo.
- Colamos os poemas ilustrados em pedaços de madeira trazidos de casa, pedaços de histórias do ranchos ou casas já demolidas, mas ainda cheios de vida na memória das famílias.
- As crianças também utilizaram botões, tecidos, rendas...
- Fizemos uma roda da leitura com a colcha de retalhos e as almofadas em nossa sala de aula. Leitura com o livro "OBAX", de André Neves, depois as crianças socializaram para a turma com quais personagens do livro se identificaram. Obax e Nafisa, personagens principais, foram confeccionados pelos alunos no ano anterior, o elefante Nafisa, feito com tecido cheio de fibra, a menina Obax também feito com tecido e cheia com fibra. Nas disciplinas de História e Geografia tivemos uma roda da conversa sobre o livro, expliquei que esta história se passa na África.
- Mostrei para as crianças através do Globo terrestre o Continente Africano e o Brasil, trabalhamos a localização, entreguei o mapa do continente para colorirem, exploramos a leitura dos nomes dos países africanos. Expliquei que o continente é dividido em mais de 55 países. Entre as atualidades, destaquei a Síria, onde estava acontecendo à guerra, falei sobre o sofrimento dos refugiados que estão tentando fugir do país.
- Nesse momento as crianças relataram muitos fatos que assistiram na televisão. Pesquisamos no Google o significado das palavras africanas: Obax, Nafisa e Baobá.
- Palavras de origem africanas.
- Em outro momento solicitei as crianças que listassem 10 países do Continente Africano.
- Também aprendemos muito sobre a árvore Baobá, assistimos um documentário realizado pela atriz Regina Casé, “Um Pé de Quê?”, as crianças ficaram muito surpresas com o significado desta árvore na cultura africana.Exploramos os países do continente africano que falam a nossa língua,exploramos os países no Globo Terrestre. Também assistimos um documentário do Globo Repórter sobre a vida na África. Na disciplina de Ciências conhecemos os animais de origem africana, trabalhamos com pesquisa no laboratório de informática, as crianças escolheram um animal que iríamos fazer a ficha com todos os dados e preencheram com as informações pesquisadas. Aproveitei a ficha do animal pesquisado para entrar no conteúdo de Matemática, medidas de massa, o peso dos animais pesquisados. Trabalhamos o comprimento do pescoço da girafa, listamos os alimentos que são vendidos em quilo, pesquisamos os instrumentos que utilizamos para pesar, apresentei aos alunos a balança, então nos pesamos e registramos no caderno e trabalhamos também com a resolução de problemas relacionados ao peso das crianças.
- Como o produto final organizamos uma Noite Literária com autor e ilustrador André Neves, preparamos toda a escola, estavam presentes professores, alunos, pais e pessoas da comunidade. Em nossa sala tivemos a oficina de leitura com o livro "Entre Nuvens", de André Neves, participaram da leitura eu, a professora Rita, os alunos do 1º e 2º, e no violão o papai Maikon. Começamos a história com a aluna Ana Clara declamando o poema "o livro" de Roseana Murray, depois eu e a professora Rita começamos a leitura do livro, em várias partes os alunos também participavam da leitura. No final da história cantamos a música "A vida tem sol", de Elizabeth Lacerda.
- Quanta honra ter o André em nossa sala de aula! Ele ficou encantado ao entrar em nossa escola, o ambiente estava todo decorado com as releituras que fizemos de suas obras, misturado com nossa cultura: o campo! Fizemos algumas obras nossas também, umas peneiras, objetos antigos que foram trazidos para a escola por alguns agricultores; com sementes penduradas em 3D que confeccionamos com papel e tecido, representando o trabalho do homem do campo. Fizemos pêndulos de flores confeccionadas com jornal, que foram penduradas com fio de náilon, pintamos alguns regadores e colocamos gotinhas de água confeccionadas em 3D com papel e tecido pendurados do pátio simbolizando a nossa horta e jardim. Um agricultor trouxe um pé de bananeira com um cacho de bananas bem grande que foi colocado bem na entrada, junto com a faixa destacando projeto, também trouxeram alguns balaios que são utilizados para carregar mandioca nos engenhos de farinha, esses objetos que foram expostos apresentam nossa identidade e nosso modo de vida. Buscamos entrelaçar os fios da identidade da população do campo, recriando as possibilidades de fazer da nossa escola um espaço de construção do conhecimento tendo como fio condutor a literatura.
Tom
Trabalho realizado pela professora Ozedir com o 3º e o 4º ano.
- Após esta oficina, as pessoas foram convidadas para a contação da história do livro Obax, também do autor e ilustrador André Neves. Essa apresentação foi realizada no pátio da escola. Iniciamos a história com a música "ORO MIMÁ", resgatando um pouquinho da cultura afro-brasileira... Essa canção foi muito ensaiada com as crianças em sala, utilizamos muitos instrumentos musicais, o atabaque, o pandeiro e o berimbau. Enquanto cantávamos entramos no palco formando um grande círculo. Então eu e a professora Rosemir, que é a gestora desta escola começamos a leitura do livro.
- O André Neves estava na platéia! Durante a leitura do livro era visível o encantamento das crianças, dos pais e principalmente do autor, que estava vendo uma de suas criações sendo apresentado com tanta criação e fantasia!
- Para finalizar a história fizemos uma roda de capoeira, tivemos a participação do professor de capoeira, o professor Fabio e sua equipe. Também estava junto no atabaque o professor de música, professor Rodrigo. A música da roda foi animada por nós todos, professores e alunos que estavam na roda, e os nossos alunos do 4º e 5º ano que jogaram capoeira. As cantigas que foram usadas na roda foram todas trabalhadas em sala, com a participação do professor de capoeira,o professor Fábio e a professora de Educação Física, a professora Flávia, eles trabalharam toda a história/ afro-brasileira, os instrumentos e movimentos.
- No final da apresentação do livro, apresentamos o autor e ilustrador, André Neves, alguns visitantes foram surpreendidos com a sua presença. Ele destacou que ficou surpreso com nossa apresentação, ressaltou que nós fomos muito além do livro, conseguimos ampliar o nosso olhar enquanto mediadores de leitura.
Então ele começou a sua palestra, falou do seu trabalho de ilustrar e criar histórias que mexem com a imaginação de crianças e adultos, destacou que sua literatura é para a infância! Ele também foi um mediador de leitura, leu dois livros para nós.
- Sistematizando as disciplinas, trabalhamos com Ciências, através de pesquisa de como se formam as nuvens, os tipos de nuvens e o ciclo da água. Em Artes confeccionamos a cidade apresentada no livro. Com a professora de Artes, desenhamos os personagens e a cidade com papel Paraná e pintamos com tinta de tecido. A cidade foi exposta em nossa sala de aula, de forma que ao entrar na sala, dava a impressão que estávamos dentro do livro. Na Matemática, durante a montagem da cidade nós retomamos o conteúdo, as formas geométricas.
- Em outro momento trabalhamos a escrita nas paredes da sala de aula, as escritas na parede eram citações do autor e ilustrados André Neves. Nós pesquisamos muito sobre sua biografia, assistimos também alguns vídeos com entrevistas do autor, apresentei para as crianças muitas fotos de uma exposição que fui a Ribeirão Preto, Tirando de Letras, André Neves em caminhos. “Por aqui ou por ali ou acolá. Quando uma ideia surge na cabeça dele, é impossível segurar! Ela segue e vira logo um desenho, uma pintura, uma escultura, uma traquitana, um gesto, uma frase, um texto...um livro!”(André Neves).
- Entretanto, as crianças já conheciam o autor, ele já esteve aqui em outro momento, no ano anterior, em uma festa do livro que fizemos em nossa escola. Foi a partir dessa visita que nos apaixonamos ainda mais por seus livros e pela pessoa incrível que ele é.
- As crianças levaram diversos livros do autor para casa, cada criança escolheu o livro que desejava levar para ler com família, no outro dia eu pedia que eles escrevessem sobre o livro que leram em casa, porém deveriam dar um final diferente para a história.
2º ano
1º ano
- Levaram diversos livros do autor para casa, cada criança escolheu o livro que desejava levar para ler com família, no outro dia eu pedia que eles escrevessem sobre o livro que leram em casa. Eles escreveram o texto em um rascunho, eu fiz a correção com cada aluno individualmente, pois neste momento pude fazer as intervenções necessárias e avaliar os avanços esperados em relação as suas produções textuais, depois eles passaram a limpo e ilustraram. Fiquei surpresa com a escrita e com as ilustrações das crianças, algumas me relataram: “ Olha professora utilizei muitos traços do autor em minha ilustração!” Achei isso fantástico! Na escrita, os avanços foram ainda mais surpreendentes, porque ensinar a produzir texto é mais que ensinar a escrever.
- Em outro momento trabalhamos a escrita nas paredes da sala de aula, as escritas na parede eram citações do autor e ilustrados André Neves. Nós pesquisamos muito sobre sua biografia, assistimos também alguns vídeos com entrevistas do autor, apresentei para as crianças muitas fotos de uma exposição que fui a Ribeirão Preto, Tirando de Letras, André Neves em caminhos. “Por aqui ou por ali ou acolá. Quando uma ideia surge na cabeça dele, é impossível segurar! Ela segue e vira logo um desenho, uma pintura, uma escultura, uma traquitana, um gesto, uma frase, um texto...um livro!”(André Neves).
- Entretanto, as crianças já conheciam o autor, ele já esteve aqui em outro momento, no ano anterior, em uma festa do livro que fizemos em nossa escola. Foi a partir dessa visita que nos apaixonamos ainda mais por seus livros e pela pessoa incrível que ele é.
- As crianças levaram diversos livros do autor para casa, cada criança escolheu o livro que desejava levar para ler com família, no outro dia eu pedia que eles escrevessem sobre o livro que leram em casa, porém deveriam dar um final diferente para a história.
2º ano
1º ano
- Levaram diversos livros do autor para casa, cada criança escolheu o livro que desejava levar para ler com família, no outro dia eu pedia que eles escrevessem sobre o livro que leram em casa. Eles escreveram o texto em um rascunho, eu fiz a correção com cada aluno individualmente, pois neste momento pude fazer as intervenções necessárias e avaliar os avanços esperados em relação as suas produções textuais, depois eles passaram a limpo e ilustraram. Fiquei surpresa com a escrita e com as ilustrações das crianças, algumas me relataram: “ Olha professora utilizei muitos traços do autor em minha ilustração!” Achei isso fantástico! Na escrita, os avanços foram ainda mais surpreendentes, porque ensinar a produzir texto é mais que ensinar a escrever.
1º ano
- Levaram diversos livros do autor para casa, cada criança escolheu o livro que desejava levar para ler com família, no outro dia eu pedia que eles escrevessem sobre o livro que leram em casa. Eles escreveram o texto em um rascunho, eu fiz a correção com cada aluno individualmente, pois neste momento pude fazer as intervenções necessárias e avaliar os avanços esperados em relação as suas produções textuais, depois eles passaram a limpo e ilustraram. Fiquei surpresa com a escrita e com as ilustrações das crianças, algumas me relataram: “ Olha professora utilizei muitos traços do autor em minha ilustração!” Achei isso fantástico! Na escrita, os avanços foram ainda mais surpreendentes, porque ensinar a produzir texto é mais que ensinar a escrever.
- Em diferentes momentos e diferentes espaços fui mediadora da leitura, fizemos a roda da leitura fruitiva onde cada aluno escolheu o livro que desejava ler. Lemos embaixo das árvores, onde penduramos os livros nos galhos com fios de náilon, embaixo da árvore também estavam as colchas de retalhos e muitas almofadas. Lemos na sala de aula com as colchas de retalhos e almofadas, no parque, na escada da escola e na praia, essa leitura na praia foi muito fantástica porque imagine poder ler a beira mar? Com aquela paisagem linda! Escolhemos o lugar que também tinha uma árvore, onde penduramos os livros. As pessoas que passavam paravam para ler também, e os carros ficavam parados, observando as crianças! Depois ainda ali na areia da praia dizemos uma brincadeira africana que aprendemos em nossas pesquisas. Foi incrível!
- Em outro momento, em sala de aula na roda da leitura eu li para as crianças o livro “A caligrafia de dona Sofia", de André Neves. Depois selecionai alguns poemas do livro e cada aluno escolheu o seu, então cada aluno leu o poema que escolheu no microfone para a turma.
- Cada aluno digitou o seu poema, depois fez uma ilustração, eles tinham em suas carteiras muitos livros do autor para visualizar e pesquisar os traços do mesmo.
- Colamos os poemas ilustrados em pedaços de madeira trazidos de casa, pedaços de histórias do ranchos ou casas já demolidas, mas ainda cheios de vida na memória das famílias.
- As crianças também utilizaram botões, tecidos, rendas...
- Fizemos uma roda da leitura com a colcha de retalhos e as almofadas em nossa sala de aula. Leitura com o livro "OBAX", de André Neves, depois as crianças socializaram para a turma com quais personagens do livro se identificaram. Obax e Nafisa, personagens principais, foram confeccionados pelos alunos no ano anterior, o elefante Nafisa, feito com tecido cheio de fibra, a menina Obax também feito com tecido e cheia com fibra. Nas disciplinas de História e Geografia tivemos uma roda da conversa sobre o livro, expliquei que esta história se passa na África.
- Mostrei para as crianças através do Globo terrestre o Continente Africano e o Brasil, trabalhamos a localização, entreguei o mapa do continente para colorirem, exploramos a leitura dos nomes dos países africanos. Expliquei que o continente é dividido em mais de 55 países. Entre as atualidades, destaquei a Síria, onde estava acontecendo à guerra, falei sobre o sofrimento dos refugiados que estão tentando fugir do país.
- Nesse momento as crianças relataram muitos fatos que assistiram na televisão. Pesquisamos no Google o significado das palavras africanas: Obax, Nafisa e Baobá.
- Palavras de origem africanas.
- Em outro momento solicitei as crianças que listassem 10 países do Continente Africano.
- Também aprendemos muito sobre a árvore Baobá, assistimos um documentário realizado pela atriz Regina Casé, “Um Pé de Quê?”, as crianças ficaram muito surpresas com o significado desta árvore na cultura africana.Exploramos os países do continente africano que falam a nossa língua,exploramos os países no Globo Terrestre. Também assistimos um documentário do Globo Repórter sobre a vida na África. Na disciplina de Ciências conhecemos os animais de origem africana, trabalhamos com pesquisa no laboratório de informática, as crianças escolheram um animal que iríamos fazer a ficha com todos os dados e preencheram com as informações pesquisadas. Aproveitei a ficha do animal pesquisado para entrar no conteúdo de Matemática, medidas de massa, o peso dos animais pesquisados. Trabalhamos o comprimento do pescoço da girafa, listamos os alimentos que são vendidos em quilo, pesquisamos os instrumentos que utilizamos para pesar, apresentei aos alunos a balança, então nos pesamos e registramos no caderno e trabalhamos também com a resolução de problemas relacionados ao peso das crianças.
- Como o produto final organizamos uma Noite Literária com autor e ilustrador André Neves, preparamos toda a escola, estavam presentes professores, alunos, pais e pessoas da comunidade. Em nossa sala tivemos a oficina de leitura com o livro "Entre Nuvens", de André Neves, participaram da leitura eu, a professora Rita, os alunos do 1º e 2º, e no violão o papai Maikon. Começamos a história com a aluna Ana Clara declamando o poema "o livro" de Roseana Murray, depois eu e a professora Rita começamos a leitura do livro, em várias partes os alunos também participavam da leitura. No final da história cantamos a música "A vida tem sol", de Elizabeth Lacerda.
- Quanta honra ter o André em nossa sala de aula! Ele ficou encantado ao entrar em nossa escola, o ambiente estava todo decorado com as releituras que fizemos de suas obras, misturado com nossa cultura: o campo! Fizemos algumas obras nossas também, umas peneiras, objetos antigos que foram trazidos para a escola por alguns agricultores; com sementes penduradas em 3D que confeccionamos com papel e tecido, representando o trabalho do homem do campo. Fizemos pêndulos de flores confeccionadas com jornal, que foram penduradas com fio de náilon, pintamos alguns regadores e colocamos gotinhas de água confeccionadas em 3D com papel e tecido pendurados do pátio simbolizando a nossa horta e jardim. Um agricultor trouxe um pé de bananeira com um cacho de bananas bem grande que foi colocado bem na entrada, junto com a faixa destacando projeto, também trouxeram alguns balaios que são utilizados para carregar mandioca nos engenhos de farinha, esses objetos que foram expostos apresentam nossa identidade e nosso modo de vida. Buscamos entrelaçar os fios da identidade da população do campo, recriando as possibilidades de fazer da nossa escola um espaço de construção do conhecimento tendo como fio condutor a literatura.
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| Tom Trabalho realizado pela professora Ozedir com o 3º e o 4º ano. |
- Após esta oficina, as pessoas foram convidadas para a contação da história do livro Obax, também do autor e ilustrador André Neves. Essa apresentação foi realizada no pátio da escola. Iniciamos a história com a música "ORO MIMÁ", resgatando um pouquinho da cultura afro-brasileira... Essa canção foi muito ensaiada com as crianças em sala, utilizamos muitos instrumentos musicais, o atabaque, o pandeiro e o berimbau. Enquanto cantávamos entramos no palco formando um grande círculo. Então eu e a professora Rosemir, que é a gestora desta escola começamos a leitura do livro.
- O André Neves estava na platéia! Durante a leitura do livro era visível o encantamento das crianças, dos pais e principalmente do autor, que estava vendo uma de suas criações sendo apresentado com tanta criação e fantasia!
- Para finalizar a história fizemos uma roda de capoeira, tivemos a participação do professor de capoeira, o professor Fabio e sua equipe. Também estava junto no atabaque o professor de música, professor Rodrigo. A música da roda foi animada por nós todos, professores e alunos que estavam na roda, e os nossos alunos do 4º e 5º ano que jogaram capoeira. As cantigas que foram usadas na roda foram todas trabalhadas em sala, com a participação do professor de capoeira,o professor Fábio e a professora de Educação Física, a professora Flávia, eles trabalharam toda a história/ afro-brasileira, os instrumentos e movimentos.
- No final da apresentação do livro, apresentamos o autor e ilustrador, André Neves, alguns visitantes foram surpreendidos com a sua presença. Ele destacou que ficou surpreso com nossa apresentação, ressaltou que nós fomos muito além do livro, conseguimos ampliar o nosso olhar enquanto mediadores de leitura.
Então ele começou a sua palestra, falou do seu trabalho de ilustrar e criar histórias que mexem com a imaginação de crianças e adultos, destacou que sua literatura é para a infância! Ele também foi um mediador de leitura, leu dois livros para nós.
Então ele começou a sua palestra, falou do seu trabalho de ilustrar e criar histórias que mexem com a imaginação de crianças e adultos, destacou que sua literatura é para a infância! Ele também foi um mediador de leitura, leu dois livros para nós.
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| Nossa orientadora educacional Ruth |
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| Nossa amiga e professora Iara |
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| A nossa professora de Artes Rita... |
- Nossa escola preparada para o evento "NOITE LITERÁRIA".
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| Sala da professora Ozedir 3º e 4º ano Livro "ALGUÉM VIU A BOLA" |
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| Sala da professora Iolanda Pré-Escolar e 5º ano Livro "CASULOS" |
- É importante destacar que esse trabalho foi além dos muros da escola, participamos de um grande evento do município, o Porto Literário, é uma festa do livro! Levamos os nossos trabalhos que realizamos e montamos um estande no local do evento, nosso principal objetivo de participar era fazer que mais uma pessoa lesse mais um livro, durante o evento mais de 3.000 pessoas passaram no estande. Também apresentamos no evento a contação da história do livros OBAX, a mesma apresentação da Noite Literária. Pois como já relatei neste texto a literatura do André é uma literatura para infância, para infância de crianças, jovens e adultos.
- Tenho certeza que através deste projeto nós educadores, pais, alunos e comunidade mudamos o nosso olhar em relação à leitura, sabemos que a leitura é muito mais ampla do que o livro, que o imaginário pode ser maior que o livro, esses subsídios que aprendemos com o projeto, ampliou o nosso olhar, não só para a leitura literária, mas para a leitura de vida” que é aprender a ler livros, aprender a ler imagens, aprender a ler músicas, aprender a ler arte, aprender a ler o ser humano e respeitar as pessoas”, André Neves.
NOSSA QUE PROJETO MARAVILHOSO.
ResponderExcluirME PASSA O CONTATO DO ANDRÉ NEVES
ZAP 61984867118